25 a 28 de agosto
Estar no Alentejo é sempre uma boa experiência para mim...desde a viagem, onde a linda e típica paisagem alentejana me enche os olhos, até o estar próxima do povo, dos costumes, dos monumentos históricos e do "ar" que respiramos nesta região belíssima de Portugal.
No Crato não foi diferente. Além da simpatia das pessoas e daquele calor que me faz lembrar o Brasil (mesmo que eu tenha vindo do Paraná, região sul do Brasil onde faz bastante frio), participar do Festival do Crato foi, sem dúvida, uma experiência única. Espero poder estar lá em outras edições desta festa maravilhosa.
Situado no Alto Alentejo, a 22 km a Oeste de Portalegre, o Crato é um Município com História, com um passado marcado pela presença dos pastores megalíticos e dos seus hábitos e cultura. Só neste município estão inventariadas mais de 70 antas, duas das quais Monumento Nacional: a Anta do Tapadão e a Anta do Crato.
O município do Crato é marcado, também:
- Pela ocupação romana exemplo das suas villas, habitat e pontes;
- Pelo nome e vivência da Ordem dos Hospitalários (posteriormente Ordem Soberana e Militar de Malta) e de D. Álvaro Gonçalves Pereira, 1º Prior do Crato, que ergue para sede da Ordem o imponente Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa e o Palácio do Grão-Prior (arquitectura atribuída a Miguel Arruda) do qual apenas resta a imponente varanda e um janelão);
- Pelo glamour da época barroca com os seus palácios distribuídos por todo o município e, porque não,
- Pelos casamentos régios de D. Manuel I com D. Leonor e de D. João III e D. Catarina, celebrados nos Paços do Castelo (Palácio Teixeira Guerra), na vila do Crato, com pompa e circunstância.
Aquela a que já chamaram a “Majestade do Alto Alentejo” é terra de muitos e velhos pergaminhos, sobre ela se escreveu: “O Crato não é uma vila em vão – há nela qualquer coisa que cativa quando se a percorre no seu silêncio artístico e se termina ao lado das suas gentes”.